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maschamba



Sexta-feira, 29.10.10

Dá-me música

(por AL [des]concertada) –Ontem à noite no Coliseu e eu sem palavras.

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por AL às 13:13

Segunda-feira, 25.10.10

Coisas de loucos

(por AL divertida) – Já sigo o blog há uns tempos e consegue sempre surpreender-me. Pelas ideias loucas e pelo humor que o caracteriza. O “dono” chama-se João Pinto Costa, uma carinha laroca que se vê sempre com prazer; o blog chama-se apropriadamente Mail de um Louco. Nele habita um personagem ímpar – Mário Augusto Dias – que envia os mails mais inacreditáveis a diversas empresas. E surpreendentemente, algumas até respondem!Por entre os mails loucos semeia o Joao uns posts que me divertem e que eu acho absolutamente brilhantes. O meu favorito? Não consigo escolher; são todos tão bons... Tanto os mails como os posts. À laia de amostra deixo este post, chamado LoucurTa 3: aMOR e MORteDuas palavras indissociáveis.A maioria de aMOR é em grande parte MORte.A maioria de MORte é uma grande parte de aMOR.De Amor e morTE sobra apenas um ATE.Não é por acaso...ATÉ que a morte vos separe.E em honra do nosso Senador, tendo em vista o difícil período que atravessa, aqui fica um dos emails enviados “Não Fumar... Deserda”:Boa tarde Exªs,Escrevo esta pequena carta porque o meu estimado pai me aconselhou bem acerca da vossa qualidade e prestígio no mundo tabagístico. Ele disse de vós maravilhas. Mas vou já directo ao meu assunto, que tem contornos de problema:A coisa é simples: eu não consigo começar a fumar.Já tentei várias vezes, esforcei-me e tudo, mas não consigo. É uma tortura, acreditem. E depois o meu pai não perdoa: "não tens sangue dos Dias; não saíste nada a mim; pensei que um dia ia ter um filho varão que fumasse com categoria, que tivesse aquela rouquidão secular da família..., mas não... Mário: és uma desilusão... ".Ora, isto magoa qualquer coração... Como devem perceber, ando muito em baixo com esta situação.Juro que já tentei inúmeras formas de fumar, mas não passo do 3º cigarro... É triste, mas é verdade. Às vezes penso no que é que falhou na minha adolescência... Cheguei a experimentar "ganza e charros" e também não me dei bem na altura... Não sei explicar, acho que fico tonto, meio indisposto com o cheiro... Dizem-me que é normal. Mas em casa dos Dias, isso é defeito, é vergonha.O meu pai deu-me o vosso contacto, porque acha que posso tomar finalmente um rumo digno dele, com o vosso aconselhamento e orientação. Para que os Dias não continuem a "esconder" o seu filho "babaca" ( a minha mãe é brasileira, e usa muito esta palavra p´ra comigo..).Esperando respostaAtenciosamente e desde já gratoMário Augusto DiasDo blog nasceu agora um livro, possivelmente já à venda numa livraria perto de si. Da minha parte parabéns ao João e que viva o Mário Dias muitos mais anos para meu gáudio e divertimento.

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por AL às 08:30

Domingo, 24.10.10

Amizades virtuais

(por AL comovidamente estupefacta) -O heading do email dizia “partilhar amigos”; vinha de um dos co-maschambeiros. Dizia ele que seria interessante que os subscritores do grupo maschamba tivessem igualmente acesso às nossas páginas individuais do facebook, caso assim o desejassem, pois se davam por vezes aí debates engraçados que não figuravam na página do grupo. Claro!, pensei de imediato e disse que sim, esquecendo por momentos que o grupo Maschamba no facebook conta neste preciso momento  (16:12 horas do dia 24 de Outubro) com precisamente 3,969 membros e a página vai com  1,749 aderentes.Tendo tão prontamente aquiescido, também prontamente começaram a “chover” sugestões de amizade: 100, 150, 200 .... num crescendo de progressão geométrica ao ritmo dos meus cliques nos “add as a friend” . Menos de uma hora depois recebo uma gentil mensagem do pessoal do facebook a dizer-me que tendo eu estado a “utilizar indevidamente” (!!) a aplicação “request friends” ficaria impedida de o fazer durante as 48 horas seguintes, correndo o risco de ser definitivamente barrada do facebook caso insistisse em tal “utilização indevida” (!!). Passada a primeira indignação (como é que eles sabem se é “utilização indevida”?) e a primeira humilhação (mas quem julgam eles que sou eu?) acabo por aceitar que a protecção da nossa privacidade terá o seus custos e decido ficar quieta, determinada a clicar apenas nos “confim” dos pedidos individuais de quem mos faça.Confesso que tem sido tocante (à falta de adjectivo que melhor expresse a espécie de ternura que me invade a cada pedido) ver a quantidade de pessoas que comigo pretendem amigar-se. Comigo, uma desconhecida, escritora menor de um blog extraordinário, é verdade (e desculpem o auto-elogio mas o maschamba é mesmo bom!), mas para cuja qualidade pouco contribuo. E não se pense que se trata de um pedido de clique e já está. Não senhora, nada disso! Muitos enviam-me pequenas mensagens particulares, dão-me boas vindas mais ou menos públicas; mostram-me pequenos sinais inequívocos de apreço. Não deixo de comover-me com este fenómeno. Lamechas, dirão alguns. Verdade, mas não será isso que tira valor ou genuidade à minha emoção.Dou de repente por mim a conhecer blogs novos, páginas que nem sonhava existirem, a ser convidada para uma multitude de “eventos”, solicitada a apoiar causas diversas, a escutar músicas há muito esquecidas ou até agora ignoradas. Vou neste momento com 1,359 amigos e tenho mais de 800 sugestões ainda pendentes. A todos agradeço aqui. A minha página do facebook está muito mais rica e interessante. Vivam (também) os nossos amigos virtuais.

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por AL às 17:53

Segunda-feira, 11.10.10

Decreto Real

(por AL em observação)[caption id="attachment_14775" align="aligncenter" width="640" caption="Desenho da minha filha Ines"][/caption]Já aqui num outro post falei da Matilde, a prima mais velha da minha neta Teresa. É deliciosa a Matilde e tem tanto de delicioso como de voluntarioso. Sendo a mais velha nunca permitiu que qualquer uma das irmãs mais novas lhe arrancasse a coroa de primogénita. Era o que faltava!, que no Reino da Matilde antiguidade é posto!Têm idades muito próximas a Matilde e a Beatriz e as brincadeiras comuns metem invariavelmente uma princesa. Sendo a Matilde como é, o papel de princesa é exclusivo seu. A Beatriz pode escolher entre diversos papéis menores: aia, pastora, amiga, “mana” (sem direito a título real no Reino da Matilde). A selecção de papéis à disposição da Beatriz é múltipla; só a opção “princesa” lhe está vedada.É paciente a Beatriz, acostumada desde sempre a ceder lugar à mana mais velha. Às vezes protesta mornamente, ciente já do resultado do seu protesto. Deixa eu ser hoje a princesa, mana... Invariavelmente, a Matilde dá a volta ao protesto e a brincadeira continua. Até que um dia a Beatriz bateu o pé. Não!, hoje quero ser eu a princesa senão não brinco!, protestou nesse dia num tom irredutível de braços cruzados e pernas hirtas. A Matilde pára, perplexa com a veemência inédita da mana mais nova. Pensa, olha à sua volta como que em busca de resposta. Ilumina-se-lhe o rosto: está bem!, hoje podes ser tu a princesa e eu vou ser a Raínha!

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por AL às 22:01

Segunda-feira, 11.10.10

A minha primeira vez na Rua do Bagamoyo

(por AL em parceria)Quando a visitei pela primeira vez em 1994 a Rua do Bagamoyo parecia fruto do casamento de um qualquer cenário de guerra com o livro de Golding, O Senhor das Moscas. Lembro-me que a palmilhei em silêncio enquanto o Giovanni Diffidenti fotografava a vida que nela se estendia. O glamour capturado pelo Ricardo Rangel há muito havia desaparecido; dele, glamour, nem ecos restavam. Era agora o território por excelência das crianças de rua que então povoavam Maputo. Desse dia deixo aqui um momento capturado pela máquina do Giovanni.

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por AL às 03:01

Sexta-feira, 08.10.10

Tempestades

(por AL pluviosa)Lisboa despertou hoje com chuva e tempestade, que acordaram memórias de outras chuvas e outras tempestades.A minha casa em Maputo (flat) ficava num sexto andar que, por causa do desnível da rua, seria um oitavo em qualquer outro sítio. À  nossa frente as casas eram todas vivendas baixas e a casa tinha uma vista maravilhosa sobre a baía de Maputo, com os Pequenos Libombos a rematarem nas montanhas mais altas da Swazilândia e da África do Sul. Resquícios finais das Drakensberg, estas. Do outro lado do rio viam-se ainda os mangais da Catembe e o sempre dramático cemitério de navios que expunha os esqueletos na maré baixo. Do lado direito da Baia desaguavam o Matola, o Tembe e o Umbeluzi numa orgia de sedimentos. A vista da varanda da sala era sempre uma alegria para os olhos. E era exactamente por este lado da cidade que se aproximavam as fantásticas tempestades tropicais da época das chuvas. Desciam as Drankensberg (chamemos-lhes assim), saltavam os Libombos e desaguavam na cidade com toda a fúria. Geralmente de madrugada; ocasionalmente ao por do sol.Na minha casa em Maputo, todos os dias de madrugada ouvia o muezzin da mesquita da Baixa da cidade; todos os dias acordava embalada pelo seu canto. Eram despertares lentos e maravilhosos, por vezes seguidos de mais umas horas de sono profundo. Mas se por entre as pálpebras semi-cerradas percebia um clarão, lá ia eu a correr para a varanda para saudar a tempestade que se aproximava. Por vezes vinha ainda tão longe que nem os trovões se ouviam; viam-se meros clarões no horizonte, como se de um farol costeiro se tratasse. Lentamente desenhavam-se nuvens gordas, prenhas de chuva; apanhavam balanço a descer as Drakensberg e vinham numa correria louca, a cuspir relâmpagos e a atroarem os ares anunciando a sua chegada. Eram tempestades verdadeiramente dramáticas. E eu, sentada na varanda, saudava-as sempre com emoção. Os relâmpagos destas tempestades são como eu nunca vi noutro lugar. São cordas enormes de luz que saltam em todas as direcções. Muitos caem no chão e por vezes parecem uma cortina de fitas. Os trovões são tão retumbantes que tremem paredes e vidros.Perdi num dos muitos computadores que me roubaram as fotografias que tinha da baia de Maputo vista da minha varanda. Mas no youtube consegui encontrar o canto do muezzin que aqui vos deixo.

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por AL às 18:58


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