Repugna-me admiti-lo, mas devo a Kadhafi algumas das melhores recordações da minha vida. Timbuktu todo limpo e enfeitado, um mar de tendas no deserto, ter sido hóspede de uma família tuaregue, convidada para celebrações e corridas de camelos, ter o museu aberto de propósito para nós vermos os manuscritos, as ruas povoadas de cavalos pintados e enfeitados, as Chamas da Paz (horrendas mas plenas de simbolismo) ao por do sol.Coincidiu a minha visita a Timbuktu com o Mawlid, o aniversário do Profeta, celebrado naquele ano naquela cidade sob o patrocínio de Kadhafi. Assim se cruzaram os nossos caminhos. Literalmente. Não lhe estou grata pelo patrocínio destes momentos inesquecíveis e intocados pela sua perfidez e desejo-lhe uma morte lenta e cruel.AL