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Amo-te. Basta-me um pássaro,uma árvorepara me transportar ao jardimde ti — um livro, uma palavra, o pesodo silênciopara me levarem ao poço de ti,aos teus olhos que ofuscamo cristal da manhã; à tua bocaaproximando-se da minha pelecomo se regressasse a casa.Cantar-te é desfazer o nevoeiro da minha vida,desfiar uma chama, ardendo lenta,que não se via. E basta-me um vinhoou a tua língua,ou a memória delapara que em mim disparem águastrémulas — ainda são ¬— e por issoquando te amosou um pouco essa montanha que tece com o ventouma combustão muito lenta muito pacientecomo se todo o fulgor da vidase concentrasse nos vales e nos rios do teu corpo.Casimiro de BritoAL
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