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maschamba



Quarta-feira, 20.04.11

Más companhias e maus passos ou como foi que eu comprei uma ponte

[caption id="attachment_27368" align="aligncenter" width="500" caption="Deception Pass Bridge"][/caption]Diz-se que há uma vez para tudo e recentemente estreei-me num lado sórdido da vida, que nunca pensei poder tocar-me. Sou por natureza de trato fácil, rege-me a vida a compaixão, não sou de rancores nem ressentimentos. Dizem-me generosa. Mas sobretudo sou confiante nos outros; desconfiar e estar de pé atrás consome demasiada energia. Sendo pouco sagaz no julgamento de carácteres, já há muito que escolhi confiar e aceitar desilusões ocasionais que viver na constante desconfiança das intenções alheias.Recentemente, dei muito de mim e apoiei incondicionalmente pessoa que cria amiga e que, sem esse meu apoio, dificilmente teria superado etapas que superou. Fui-me apercebendo com o tempo que algo não batia certo, mas amizade e lealdade fechavam-me os olhos – amigos são amigos e para serem defendidos de ataques alheios. Sob a capa de uma pretensa honestidade fui sendo ludibriada.Só mais recentemente, e da pior maneira, me apercebi da extensão do logro: uma vida complicada, semeada de imposturas e enganos, arrastando consigo o seu séquito de inimizades. Entre vários episódios pouco edificantes, comecei a receber cartas anónimas denunciando comportamentos questionáveis e condenáveis que essa pessoa amiga teria, inclusive comentários muito pouco abonatórios que teria dito sobre mim.Estando longe dessa pessoa amiga, que na altura e com o meu apoio tentava refazer uma nova vida longe de Portugal, fiz scans das cartas que encaminhei para o alvo pretendido. Tendo um scanner tecnologicamente pouco avançado não me permite este selecionar resoluções baixas e faz-me ficheiros muito pesados. Conhecedora das dificuldades da internet receptora, abri os ficheiros gerados pelo scan em preview, fiz copy e paste para o word e transformei o word novamente em pdf, tendo assim obtido um ficheiro de tamanho gerível mesmo para uma rede fraca e inconstante. Encaminhei os ditos ficheiros pdf para a pessoa amiga e respectiva companhia, sendo ambas mencionadas nas ditas cartas que continham acusações que a ambas diziam respeito. E rapidamente me desfiz delas. Eram sujas, sórdidas e cobardes; bajulavam-me numa pretensa admiração descabida e talvez com o intuito de realçar a vileza da outra parte. Nem no lixo cá de casa as queria ter. Fiz forward por email e igualmente as apaguei do computador que nem por associação queria assim conspurcado.Vi-me sem querer enredada numa teia de insultos, escárnio e mal dizer. E agora, sou abertamente acusada pela pessoa amiga em questão de ser eu a autora de tais cartas. Talvez por dificuldades que elas putativamente lhe terão levantado ou poderão vir a levantar e, num padrão que fui adivinhando de sacudir a água do capote, veio a porcaria aterrar em cima de mim, aviltando-me um carácter que tenho por digno.Assim e aqui publicamente afianço que nunca eu, AL, escrevi uma carta anónima na minha vida; nunca deliberadamente magoei ou vilipendiei alguém; nunca me escondi detrás de duplicidades mesquinhas. Estou indignada por uma acusação imerecida, deslocada e que assim enxovalha e emporcalha o meu carácter e atenta contra a minha honra.É nesta altura que me lembro das palavras de um homem que amei e me dizia: querida, no caso do homem que comprou a ponte e do homem que vendeu a ponte é melhor sermos o homem que comprou a ponte, porque esse ao menos tem honra. E por ser uma mulher honrada aqui deixo este desabafo. Finalmente comprei uma ponte!

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por AL às 13:26

Quarta-feira, 20.04.11

Apresentação

 

[caption id="attachment_27359" align="aligncenter" width="768" caption="Praia da Carrusca"][/caption]
Aqui está minha vida — esta areia tão claracom desenhos de andar dedicados ao vento.Aqui está minha voz — esta concha vazia,sombra de som curtindo o seu próprio lamento.Aqui está minha dor — este coral quebrado,sobrevivendo ao seu patético momento.Aqui está minha herança — este mar solitário,que de um lado era amor e, do outro, esquecimento.
Cecília MeirelesAL

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por AL às 02:21


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