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Quando meu coração parar desfeito,Em sombra na profunda sepultura;E o meu corpo espectral e já perfeito,Divagar entre o Olimpo e a terra dura;Quando sentir, enfim, todo o meu peitoA converter-se em luminosa altura;Eu, aquele fantasma, o claro eleito,O enviado da vida à morte escura;Ah, quando, em mim, eu for minha esperança!Meu próprio ser, divino e redimido;E minha sombra apenas for lembrança,Bem longe, em outro mundo transcendente,À luz dum sol jamais anoitecido,Serei contigo, amor, eternamente.(Teixeira de Pascoaes)AL
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