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maschamba



Domingo, 14.11.10

O multiculturalismo e o Zeitgeist

(por AL de mau humor; sim, também sofro disto!)[caption id="attachment_15730" align="aligncenter" width="400" caption="Foto em http://www.cgc.maricopa.edu/student-affairs/multiculturalism/Pages/default.aspx"]Foto de http://www.cgc.maricopa.edu/student-affairs/multiculturalism/Pages/default.aspx[/caption]Chegou-me hoje ao conhecimento através do Facebook um blog que fui espreitar. Depois de ler o post que lá me levou já não me apeteceu ler mais e perdi-me em reflexões sobre esta coisa do multiculturalismo. Pensei: a minha cultura, não faz ela parte do multiculturalismo? Não merece ela igual defesa que a cultura dos outros? Faz parte da minha cultura ser tolerante e solidária, mas quer isso dizer que tenho também que dar tiros nos pés? Se respeito a cultura dos outros, estarei errada quando reclamo igual respeito para a minha? Apreciar esse respeito, e exigi-lo até, faz de mim uma fascista xenófoba e racista (perdoem o pleonasmo)?Não me interpretem mal: eu sou a favor da emigração e da mistura de povos e culturas (mesmo das diferentes “culturas” que habitam dentro da minha); gosto de ouvir os diferentes sotaques de português; gosto de provar novas comidas, conhecer músicas diferentes, saber de outras tradições e costumes. É todo um mundo de possibilidades e vivências que se abre perante mim. Enriquecem-me estes contactos. Mas o respeito para mim é uma via de dois sentidos ou então deixa de ser respeito e passa a ser uma arrogância transvestida de respeito, a qual eu não esposo; o respeito para mim pressupõe igualdade e não desequilíbrio de patamares. Bater na tecla da euro-culpa/euro-justificação (ou da americano-culpa/americano-justificação) perante os males do mundo parece-me falacioso e assentar no síndrome paternalista do bon seigneur. O que se me afigura exactamente como a negação do multiculturalismo.Não seria mais produtivo cultivar a tolerância e a solidariedade  dentro da minha própria cultura, em vez de me arvorar em arauto defensor da cultura dos outros? Como posso pretender defender o multiculturalismo e escrever "É que eu dos Alemães espero tudo"*? Um amor que já foi meu dir-me-ia é o Zeitgeist querida. Ao que eu responderia: nanja eu!* comentário escrito pelo dono do blog, em resposta a outros comentários

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por AL às 14:47


10 comentários

De rui cruz a 14.11.2010 às 19:01

Um dos meus despertares deve-se ao desequilibrio que essa sala prococou, não fosse eu ficar para sempre num dos cantos da mesma!
A foto,à primeira vista, sugere o tal multiculturalismo, mas melhor observada, refere-se à multigeneralidade (um meddlle genérico embrionário) ficando assim muito aquem do processo em referência! De boas intenções está a cultura cheia,nossa,do vizinho,do globo enfim,de todo o multiculturismo que ainda não se criou,não se cultivou de todo!Teoria para um pragmatismo infindável!Tinha que começar por algum ponto mesmo que por sugestão que a foto promove mas ainda um bom bocado longe (no tempo) do objectivo proposto! Sejamos optimistas e ensinemos aos nossos descendentes a necessidade de ficarem atentos aos primeiros ecos dessa "reforma" humanística",já não será assim tão pouco!r.c.

De jpt a 14.11.2010 às 14:56

no bloco do lixo (melhor dizendo, blogo-lixo) onde foste cair sim, o facto de não seres multinãoseiquê faz de ti uma xenófoba, fascista, racista, fóbica de qualquer coisa que lhes apeteça.

De jpt a 14.11.2010 às 14:58

AL convém não te esqueceres de uma coisa. O teu meio profissional, social, cultural lisboeta é esse lixo. Com mais ou menos bibliografia nas fotomontagens. Se protestas muito acabas como o outro a resmungar que a sala está torta. Não te esqueças, está mesmo torta. Não és tu que danças mal.

De AL a 14.11.2010 às 15:11

Ufff que alivio! A sala esta torta e as cornetas desafinadas; vou ja cancelar o otorrino

De VA a 14.11.2010 às 15:17

ahahahah Querida baronesa, aqui ainda se fala em multiculturalismo quando o que nestes dias tende a mover o mundo é a tal de interculturalidade. Ou seja, a malta não se mistura e limita-se a interagir...

De AL a 14.11.2010 às 15:23

VA mas e a sala? Continua torta? E as cornetas desafinadas? E' que isto de mudar o nome a banda sem afinar a musica....

De jpt a 14.11.2010 às 15:30

VA vai mas é ler os documentos do nosso ministério da educação (até recentemente, pelo menos) e vais ver que o "aqui" é vastamente vasto

De VA a 14.11.2010 às 15:37

meus caros, era uma ironia...dizem "eles" que o multiculturalismo falhou...e que temos é de apostar na interacção entre culturas...mas isso não é o que sempre se fez? mal? então sim...a sala continuará sempre torta, sim.

De VA a 14.11.2010 às 15:55

e "aqui" era Portugal, JPT, não o Maschamba...por isso a teoria multiculturalista ainda é tema de blog. Um reflexo, talvez. Pudera, até a ACIDI falava oficialmente em multicultural, quando todas as outras organizações internacionais para o mesmo efeito já falavam em intercultural...E a sala continua torta :)

De jpt a 15.11.2010 às 06:06

VA sim, o meu "aqui" reflectia o teu, era Portugal. A AL tem razão quando refere que isto de mudar o nome à banda sem afinar a música é complicado. E mais ainda sem limpar a alma. A alma suja do multiculturalismo (que nada mais é do que a volúpia do auto-etnocídio, uma frágil masturbação de burguesote do "clube mediterrâneo" com laivos de libertário frígido) - que transpira na parvoíce que a AL descobre aqui - faz um "aggiornamento" e surge noutras formulações. Mas continua, é o "fardo do homem branco" desta era. Seria risível não fosse a influência política (na vida das pessoas) e estatutária (até académica) desta tralha ideológica

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