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maschamba



Sábado, 12.03.11

Uma coisa completamente diferente

Apetece-me hoje partilhar um poema que gosto muito. Não tem nada a ver com este blog, mas sendo co-autora dele arrogo-me hoje do direito de fazer um post completamente fora de propósito. Digamos que é um post de "gaija".

Mesa dos sonhosAo lado do homem vou crescendoDefendo-me da morte quando douMeu corpo ao seu desejo violentoE lhe devoro o corpo lentamenteMesa dos sonhos no meu corpo vivemTodas as formas e começamTodas as vidasAo lado do homem vou crescendoE defendo-me da morte povoandode novos sonhos a vida.
Alexandre O'NeillAL

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por AL às 04:51


15 comentários

De jpt a 12.03.2011 às 17:40

onde foste tu buscar a ideia de que isto "não tem a ver com este blog"? Que ideia peregrina esta tua ... ou mesmo "fora de propósito" ...

De AL a 12.03.2011 às 17:47

Nao te amofines :). Pareceu-me este poema e a ilustracao um bocado deslocados do contexto global do nosso blog; foi so isso. Eu sei que nao temos editorial (nanja eu dizer mal do "sportem"), mas nao sei porque hesitei em po-lo, nao o achei muito adequado ao resto, dai a minha observacao.

De MVF a 13.03.2011 às 12:48

AL, a malta ( os salivagens co.blogadores, entenda-se....) apreciam a beleza, a sublime estética e coisas assim. Não é só bola e cartuchada... E 'tou com o Senador na pertinente questão: como não tem a ver com este blog? Ai as "gaijas"...

De rui cruz a 15.03.2011 às 00:01

Al

Houve quem dissesse que a Poesia era a linguagem da Alma, concordo em absoluto mesmo que ignorante na matéria em si própria pois entendo que a mesma obriga a uma educação sensorial específica para a absorver e com ela poder viajar pelos sons misteriosos daquilo que não se vê mas que se sente, se manifesta com uma musicalidade imperceptível para quem não sonha a vida, entendo a poesia como disciplina obrigatória para quem ora e reza suas experiências e suas dúvidas, intemporal mas sempre presente, necessária mesmo ao caminhante para o futuro assim como para o cientista da beleza, para mim, tudo o que não se avolume, eleva!
A imagem introdutória transmite isso mesmo, a beleza tranquila sustentada pela tranquilidade bela das nossas existências, a poesia não discorre nem relata, paira sobre nós como as nuvens pairam sobre a terra, umas vezes adensam-se e a tempestade aparece, outras, dissipam-se e o azul infinito expõe-se, assim a poesia também se move, umas vezes conturbada outras pacificamente! Mas o que nos encanta é a sua essência, aquele jogo da rima, a troca dos sons, a profundeza dos mergulhos, a densidade dos significados e a musicalidade envolvente, tudo em conjunto, situa-nos num verdadeiro anfiteatro de letras personificadas e diálogos cantados, enfim,uma ópera literária, um estado de ser e estar, iluminados pela elegância e dirigidos pelo desconhecido, é o imprevisto antevisto, é o sonho das nossas vontades, não ferem mesmo quando berram verdades e castigam infractores sociais, não tem limites, exalta sempre a liberdade existencial, que mais poderemos querer em vida,senão uma morte não sentida, suavizada pela doçura da eternidade! Sei, são palavras, mas que outras formas de comunicar não as usa? Bela imagem que apresenta este curto e belo poema do Alexandre O'Neil....."E defendo-me da morte povoando de novos sonhos a vida", que final, que mais bela e eficaz estratégia haverá para enfrentar a Morte? Mais contextual não poderia ser! Parabéns!

De Catarina Campos a 12.03.2011 às 23:14

Lindo. Por mim, mais destes!

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