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maschamba



Sexta-feira, 30.09.11

Um murro no estômago

O FB tem destas coisas. Diverte-se a gente por entre futilidades e piadas, desafios descabidos, músicas recordadas, netos que chegam, filhos de sucesso, fofocas inócuas. E depois isto! Cai-nos isto na parede, as palavras não chegam e tudo o resto parece irrelevante ...AL

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por AL às 19:38


10 comentários

De AL a 01.10.2011 às 01:24

Nao deixas de ter razao, mas mesmo sabendo e conhecendo nao deixei de sentir um enorme murro no estomago, um esvaziar de ar no peito. Porque embora te reconheca razao no argumento, e' tambem esse despojo de historia que me compaixona - porque a historia que conta esta' toda ela contida na imagem - o despojo total, de tudo. E por estar na imagem se se me revela tao costumeira numa "familiaridade" inaceitavel. Levei o murro no estomago, nao baixei os cotovelos; renovei a vontade de arregacar as mangas.

De Marisa Martins a 01.10.2011 às 17:51

demansiado fuerte no tengo palabras.....uff

Download: eType1.com/f.php?FKiedb

De jpt a 01.10.2011 às 01:06

Não gosto, nada. Não falo da morte, desgraçada, da esquálida mãe, desgraçada, da dor, desgraçada. Não gosto, da pornografia, da morte supra-anónima, cusca, a sacar o pobre ser da pobre tumba, a pobre desamparada mãe agora orfã. Quem é? Onde está? Que aconteceu? Este anonimato, despersonalizador, este abutrismo iconográfico. Não, nunca. É preciso para despertar consciências. Estamos a brincar? Eu tive o lp do Concerto para Bangladesh, o do Kampuchea, vi o live aid 1. Quem não viu? Ou por outra, quem, daqueles que se impressionam com isto, não viu, não sabe? Mera auto-complacência.

Pormenores, os meus? Alguém fotografa e publica o cadáver da criança cancerosa filha de uma junkie (ou sofredora de bulimia) europeia sem dizer pelo menos onde aquilo se passa, a data, já para não dizer outros pormenores?

Não compro o murro no estomago, baixei o cotovelo.

De AL a 30.09.2011 às 22:25

"Isto é uma ignomínia, um ultraje, uma vergonha" nao o poderia ter dito melhor. E' tudo isto e ainda mais e sim e' verdade que infelizmente ha muito disto e ainda pior; tambem eu o tenho visto. Mas esta imagem e' brutal. Pela crueza, pelo desartificio. Nao tenho ainda palavras para articular as emocoes que me desperta, esta mistura de indignacao e compaixao. Nem sei mesmo se alguma vez terei. Uma coisa eu sei: doi

De Eugénio Costa Almeida a 30.09.2011 às 20:26

Vendo, meditando e não comentando creio que é o que farei melhor!
Cumprimentos
Eugénio Almeida

De joaoroldao a 30.09.2011 às 21:46

Esta e' daquelas lanCas que sao atiradas de cerca de 1 kilomentro mas acerta no teu coraCao com certeza, a vida gente o que e'?

De umBhalane a 30.09.2011 às 22:14

Há para ali/aí um polegar a dizer gosto - ora eu não gosto. Mesmo.

Tenho uns anitos de África profunda. A não asfaltada/alcatroada.

Isto é uma ignomínia, um ultraje, uma vergonha.
E não é um murro no estômago. É-o na consciência da humanidade (com letra bem pequena), da qual fazemos parte.

Mas também há culpados/responsáveis, e sem ser politicamente correcto, direi:

1º África, a própria.

Depois o mundo desenvolvido, mormente o ocidente, o que quer que isso seja.

Infelizmente há muito pior do que esta foto mostra, há muito tempo, e em muitos lugares de África.

Um dia “acordamos”, e como os outros diremos:

“Não sabíamos que as coisas eram assim na URSS”

De Luís Eusébio a 03.10.2011 às 23:16

Olha-se a foto e não há, realmente, palavras. Sufoca-se um grito de revolta, no olhar humedecido. E não deveria ser assim. Não tem que ser assim.

De mariamar a 01.10.2011 às 10:36

De murros na pança, prefiro olhar para outros murros. Murros de grandeza perante uma infelicidade, de muita dor. Olho para um quadro e prefiro ver o outro lado e dar-lhe esta pincelada de beleza.
"Faço, um buraco, lá na terra quente, para te aninhar de tanta tristeza. Numa terra onde os homens se brigam por tudo e por nada. Porque nesta terra, as armas, os diamantes, o petroleo, valem mais do que o choro de uma criança e um grito desesperado de uma Mãe. Forças tenho, em escavar este buraco, ao teu jeito de criança. Aninho-te lá e contemplo este teu sono prologado de menino."
De murros na pança, falamos todos, mas os homens, esses de má fé, continuam a dá-los face à impotência dos outros, dos Homens, dos Homens de Boa Fé.

De A minha pança e os murros nos estômagos alheios | ma-schamba a 01.10.2011 às 02:40

[...] deste postal da minha querida AL e já lá o disse. Entretanto recordei um antigo postal (“roupa velha”) no qual [...]

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