Não sou muito dada às artes; já por demais aqui o disse. Eu sou mais bolos. Talvez por isso me agradem tanto as instalações que, me parece a mim, tendem a enervar os mais cultos e experientes nestas lides. Agrada-me o tom geralmente irónico deste tipo de exposição. Ou do contraste dos elementos utilizados. Ou do carácter mecânico e lúdico que tantas têm. Gosto desta aqui retratada da autoria de
Beili Liu. É composta por centenas de tesouras suspensas do tecto, sob as quais a autora está calmamente a costurar uma peça feita com retalhos que cada visitante vai cortando do pano pendurado à entrada. Símbolos fálicos que ameaçadoramente vigiam a tarefa tão feminina de juntar, de unir, de remendar, que placidamente se desenrola perante nós. Punho fechado e polegar para cima:
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