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maschamba



Sexta-feira, 28.10.11

Com a lente no olhar

 [caption id="attachment_31812" align="aligncenter" width="400" caption="Foto tirada daqui: http://artephotographica.blogspot.com/2009/06/ricardo-rangel-1924-2009.html"]Foto tirada daqui: http://artephotographica.blogspot.com/2009/06/ricardo-rangel-1924-2009.html[/caption] 

Exposiçao de fotografías de Ricardo Rangel

Kulungwana - Estaçao central dos CFM, de 03 November at 18:00 - 27 November at 23:30
Uma história, mil estóriasMuitas das suas das fotografias têm uma história contada por Rangel ou pelos seus amigos. Por isso, esta exposição é como que uma história onde se reúnem e contam e se podem imaginar e criar mil estórias à volta de uma fogueira.Só vou contar aqui uma das histórias, que corre o mundo e que demonstra o espírito heróico de Ricardo Rangel. É a história de uma fotografia e que regista a história de um menino a quem chamavam “o oito” porque tinha uma marca na testa com a forma de um 8 deitado:Um dia, Ricardo Rangel soube que um criador de gado colonialista tinha marcado o seu jovem guardador de gado com o ferro em brasa, que usava para marcar o seu gado, por ele ter perdido um dos seus bois. Então, Rangel foi para Changalane e procurou o jovem durante dois dias até finalmente o encontrar. Fotografou-o. O patrão do menino queria dar-lhe um tiro, mas Rangel, armado com a sua máquina fotográfica, não teve medo das armas do patrão daquele menino.Como Ricardo Rangel disse, a fotografia foi sempre sua arma para defender, dignificar e eternizar o povo.
AL

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por AL às 19:08


6 comentários

De beijo de mulata a 30.10.2011 às 18:20

Que história arrepiante... E refere-se a Changalane, uma aldeia próxima de Boane? Trabalhei no Centro de Saúde de Changalane da primeira vez que estive em Moçambique...

(um) beijo de mulata

De umBhalane a 31.10.2011 às 00:35

Ok, sem cenas, sem problemas, sem makas.

O importante é mesmo o RR, e a sua exposição.

E sobre a foto do menino pastor, o menino "oito", diz-se que um dia Ricardo Rangel soube que um criador de gado tinha marcado o seu jovem guardador de gado com o ferro em brasa, que usava para marcar o seu gado, por ele ter perdido um dos seus bois.
Então, Rangel foi para Changalane e procurou o jovem durante dois dias até finalmente o encontrar.
Fotografou-o.
O patrão do menino queria dar-lhe um tiro, mas Rangel, armado com a sua máquina fotográfica, não teve medo das armas do patrão daquele menino.

Esta foi a versão que ouvi contar.

E aí está a fotografia que retrata realidades de uma época, que infelizmente aconteceram, e que "apagam" outras realidades bem diferentes.

Mas, tudo numa boa.

De AL a 30.10.2011 às 18:48

Beijo eu nao tenho conhecimento desta historia em primeira mao, mas a foto ai esta e a historia esta contada por quem conheceu e conviveu de perto com Rangel. E' uma historia terrivel e quem me dera poder dizer unica...

De AL a 30.10.2011 às 22:07

Exactamente. Como disse acima reproduzi o texto como o recebi e esta como citacao. Coisas destas infelizmente acontecem em qualquer contexto e contra seja quem for. Mais uma vez, quem me dera poder dizer que isto seria uma historia unica... Mas o importante aqui, acho eu, e' a rectrospectiva da obra do Rangel no espaco em questao que, se for o que eu penso, e' muito bonito

De jpt a 30.10.2011 às 23:28

A foto foi tirado pelo Rangel. Ponto final parágrafo. O 1B lê o ma-schamba há tempo suficiente para saber que não papo os números do terra planada sobre a história (eram todos maus, como gritava a "Electra Retornada" aqui zurzida em seu tempo pelo ABM e também por mim; era uma maravilha como continuam a urrar os grupos memorialistas, tendência FICO (agora habitantes do facebook). Havia merdas destas, havia pior. Havia tipos decentes. Até fantásticos. O sistema, em si mesmo, era o que era. Em tempos historicamente compreensível (mas sendo o que era). Em outros tempos, bem mais recentes, historicamente incompreensível.

Sem maka. Ou, como eu digo no meu português adialectado, sem cenas ...

E, como bem diz a AL, importante é mais uma exposição do RR.

De umBhalane a 30.10.2011 às 19:19

Que dizer?

Já li esta foto atribuída a São Tomé e Príncipe, por "fervoroso" nacionalista Moçambicano na diáspora (em Portugal) há muitos anos, e sem volta, adivinho.

O criador de gado colonialista, assim referido, faz-me lembrar “homem de raça cigana” matou…”mulher de raça cigana” roubou…, “fulano de raça negra” atacou…, “X pretos” assaltaram…, e por aí fora.

Os colonialistas, os grandes colonialistas, assentavam(am) na Metrópole (Portugal continental, ao tempo).

Histórico.

Sem “maka”.

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