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maschamba



Quarta-feira, 30.11.11

Não se cala a ingrata

 
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 <a href="<object width="400" height="300"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=21525973&amp;server=vimeo.com&amp;show_title=0&amp;show_byline=0&amp;show_portrait=0&amp;color=00adef&amp;fullscreen=1&amp;autoplay=0&amp;loop=0" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=21525973&amp;server=vimeo.com&amp;show_title=0&amp;show_byline=0&amp;show_portrait=0&amp;color=00adef&amp;fullscreen=1&amp;autoplay=0&amp;loop=0" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="300"></embed>"></a> Arredada que tenho andado do mundo virtual passo hoje brevemente aqui pela ma-schamba e vejo a cooperativa engalanada com a onda fadista que tem varrido o país. Alegra-me a alegria dos membros da cooperativa e a eles me junto. Por amizade a eles e por memória a meu Pai, esse grande amante do fado e que desde criança para as casas de fado me arrastou.  Mas, ainda que <a href="http://ma-schamba.com/musica/%E2%80%A6-e-que-se-calem-os-ingratos-pois-que-se-vai-tocar-o-fado/">apelidada de ingrata</a>, desta vez aqui não caso e serei a voz dissidente, já que toda a comoção gerada em torno do assunto me elude e me deixa até perplexa. Não por causa do fado em si, enquanto corrente musical, não com o gostar ou não de fado ou de representar ele ou não a alma portuguesa (seja isso lá o que for). <a href="http://ma-schamba.com/politica-portuguesa/o-fado-a-unesco-e-os-bimbos/">Nem tem mesmo a ver com a Unesco</a> – ela é o que é. Tampouco se prende com qualquer posição política, embora não deixe de sorrir com a ironia de ver tão cantada esta instrumentalização do nosso fado <a href="http://ma-schamba.com/musica/pequenos-preconceitos-duradouros-mas-sem-oiros/">por oposição a outras</a> (ou tentativas de) no passado, tal como o nosso JPT e MVF têm referido nos postais que aqui têm. Não me escapa a ironia de ver agora a louvar em bicos dos pés quem tentou senão calá-lo, pelo menos ignorá-lo. A todas estas (e outras) manipulações o fado é alheio e não foi por isso que deixou (nem deixa) de ser o que é. O que será então que me deixa tão indiferente? Não, minto. Irritadiça e até mesmo embaraçada? Porque será que a única coisa que me ocorre perguntar perante tanta comoção é: e depois? Pior ainda e já que estou em maré confessional, a pergunta que me ocorre mesmo é: so what? Parece-me, a mim, que tanto louvor apouca gentes que tanto se têm esforçado pelo fado. Mais concretamente a nova geração de fadistas que tanto por ele se têm empenhado. <em>Não</em>, dizem-me, <em>estás enganada!; pelo contrário, o facto de a Unesco reconhecer o fado como património mundial só enaltece tais gentes</em>. Talvez tenham razão e talvez esteja eu enganada mas quantos fadistas integraram a delegação portuguesa que a Bali se deslocou? E se algum a integrou, porque foi então rematado o discurso de António Costa com o seu iPhone? <em>Tens que ser sempre do contra</em>, ripostam-me, <em>é um processo político</em>. Será e terão todos razão. Não se altera, no entanto, o meu sentir. Alegro-me com os amigos que se alegram pelo fado como património mundial. Fosse o meu Pai ainda vivo e estaria certamente a celebrar em grande. Mas, repito eu, e depois? AL

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por AL às 00:58


6 comentários

De AL a 01.12.2011 às 02:04

He he especimen raro a confundir a geografia. Nao deixa de ser curioso porque se exclama ah tigre no fado. Alguem sabera porque?

De jpt a 01.12.2011 às 01:45

Um verdadeiro tigre africano

De umBhalane a 30.11.2011 às 17:22

"...e depois?"

Far-se-á silêncio, porque se continuará a cantar o Fado.

E matéria não faltará.

De AL a 01.12.2011 às 01:33

E mainada umBhalane! Ah tigre! :)

De AL a 01.12.2011 às 20:17

Que pena FF, que pena essa preguica que nao te deixa re-pegar ...
Tem graca que, embora no postal isso nao esteja reflectido, me interroguei tambem sobre o fado de coimbra. Quanto ao ah tigre era expressao frequente nas casas de fado para as quais o meu pai me arrastava. Invariavelmente, no fim de algum trinado mais sentido ou algo assim havia sempre alguem que exclamava ah tigre!. Ha mesmo um fado que tem a expressao incluida na letra:

Vivo pró fado! A minha idéia não muda
Esta fadistice aguda está no sangue, não finda
Vivo pró fado! Quero morrer a cantar
Ouvindo a malta a gritar “Ah tigre! Ah boca linda!”

E termina:

Ah Fadista! És a pantera do fado!

Tigre, pantera. Porque nao lobo, raposa, ou ate o lince da malcata?

Mas tudo isto sao divagacoes e o importante mesmo e' mais uma vez lamentar essa preguica que nao te deixa re-pegar ... :)

De FF a 01.12.2011 às 19:59

"ah tigre"? Sempre ouvi "ah fadista". Mas não me interessa entrar em polémicas, e alinho com a AL, and so what? Aliás, em jeito confessional, ando tão preguiçoso que nem me apetece postar (há muito tempo), e até comecei a escrever, algo de estilo "tanta peixarada em torno de assuntos lisboetas, o fado, canção de Lisboa e um jogo entre duas equipas, de Lisboa". Depois achei que era demasiado lisbocentrismo e apaguei, e por preguiça, não repeguei. Só para dizer, sem querer polemizar, porque razão é que se fala tanto agora do fado, mas do de Lisboa, do de Coimbra, que também parece que pertence ao mesmo género musical (dizem os espertos) nada, nicles, nine. Assim sendo, fico confuso, é o fado, "canção nacional", que é património intangível? (grrrr que palavrão), é o fado de Lisboa? E o de Coimbra, não é intangível? Ou não é património? Ou ambos. E o tangível fado luso, seria bom que fosse património, e a Unesco e/ou mesmo a Humanidade dessem uns valentes tostões para assegurar a nossa tangibilidade. E já agora comprar umas violas, que eu preciso de um baixo.

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