[caption id="attachment_32670" align="aligncenter" width="476" caption="Foto de telemovel. A legenda diz: "Fomos à Picha e à Coina""]

[/caption]Na sala de espera do consultório um televisor empinado junto ao tecto transmitia um qualquer programa da manhã com o Goucha e uma menina. Entre gritos e inanidades enche-se subitamente o écran com a tabuleta da vila de Coina. Lentamente desfaz-se o zoom para dar lugar ao Goucha que, agachado e por entre os dois pilares que a sustentam, passa por baixo da dita tabuleta enquanto debita “
confesso que é a primeira vez que venho à Coina!” (piscar de olho tsk, tsk e sorriso malandrote). Cai-me o queixo, solta-se-me a gargalhada e pergunto-me se serei só eu a ver o ridículo, a quase ordinarice do momento. Julgava eu que já tinha visto e ouvido tudo e que pior seria difícil, salta a câmara para a menina que, também junto a uma placa toponímica, nos informa “
já que o Goucha foi para a Coina, eu resolvi vir até à Picha!”. Calou-se-me o riso, morreu o ridículo. Sobrou simplesmente a insinuação que se pretendia brejeira mas que de rasca que é não passa de uma ordinarice baixa, que apouca e achincalha quem a diz e quem a ouve.O queixo? Esse continua caído.AL