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maschamba


Sexta-feira, 01.06.12

O rancho da cooperativa

 [caption id="attachment_34645" align="aligncenter" width="656" caption="Pescador da Inhaca por Miguel Barros"][/caption]Não me lembro exactamente da data de estreia do nosso grupo – ma-schamba – no Facebook, mas parece-me relativamente recente. Pouco meses depois estamos, hoje, com 5599 membros. Número redondo, bonito. Em pares. Juntam-se a estes os 1743 subscritores da página blog ma-schamba, também no Facebook.Mistificada que estou com tamanha adesão – não somos profissionais da pena, não escrevemos em jornais ou revistas, não somos “estabelecedores de tendências” e tampouco somos “fazedores de opinião” – agrada-me saber o ma-schamba querido de tanta gente. Digam o que disserem e modéstia à parte, é bom sentir que somos lidos; é bom ouvirmos o eco das nossas teclas.Estreei-me no ma-schamba com uma fotografia do nosso amigo Miguel Barros; aproprio-me hoje de um quadro dele – Pescador da Inhaca – para vos agradecer a vós, que estais do lado de lá deste écran. Em nome do colectivo, bem-hajam!AL

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por AL às 19:17

Quinta-feira, 13.10.11

A arte da ciência

 

Hoje conheci Julian Voss-Andreae, escultor alemão baseado em Portland nos Estados Unidos. Mão amiga deu-mo a conhecer. Julian iniciou uma carreira como pintor mas acabou por se licenciar em física quântica e actualmente adiciona esculturas baseadas na ciência que estudou aos trabalhos científicos que continua a publicar. O seu site, com fotos dos seus trabalhos e diversos vídeos vale a pena ser visitado.A fotografia acima é de um dos seus trabalhos chamado Angel of the West , inspirado na estrutura molecular do sistema imunitário humano, ou seja, na estrutura molecular dos anti-corpos. Porque afinal que são os anti-corpos senão pequenos anjos que nos protegem?A física quântica olha para o mundo de uma forma muito diferente da do nosso olhar e descreve um objecto em movimento como se fosse um conjunto de ondas que se movem perpendicularmente à direcção do movimento. O que a escultura retratada aqui em baixo, Quantum Man, um conjunto de placas verticais de aço que “desaparecem” conforme nos movimentamos, retrata na perfeição. Matéria sólida que parece dissolver-se perante o nosso olhar. Uma maravilhosa metáfora visual do mundo quântico.AL

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por AL às 01:15

Segunda-feira, 10.10.11

Soldadinhos de chumbo

 [caption id="attachment_31485" align="aligncenter" width="545" caption="Fotografia daqui: http://12b.iksv.org/en/sololar.asp?id=53&c=4&show=gorsel&photo_no=1"][/caption]Amiga libanesa ocasionalmente a viver em Amã falou-me dela aqui há uns anos, num domingo chuvoso passado na Tate Modern. Falou-me da forma interessante como a jovem artista recriava aspectos políticos do mundo árabe – fotografia, vídeo, desenho. Pouco sabia dela, mas ficara-lhe o desconforto e a estranheza de uma exposição que dela vira em Amã. O nome, para ser franca, nem me ficou na memória mas hoje li-o e associei-o à minha amiga e à tarde que passámos juntas: Ala Younis. Deparei-me por acaso com ela num artigo que li na internet.Younis expõe uma instalação na Bienal de Istambul 2011, chamada Tin Soldiers. Consiste de soldadinhos de chumbo que proporcionalmente recriam os exércitos envolvidos em actos de guerra no Médio Oriente em 2010: Egipto, Irão, Iraque, Israel, Jordânia, Líbano, Síria e Turquia. Ler mais sobre ela e sobre a instalação aqui e aqui.AL

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por AL às 00:34

Domingo, 02.10.11

Corte e costura

 Não sou muito dada às artes; já por demais aqui o disse. Eu sou mais bolos. Talvez por isso me agradem tanto as instalações que, me parece a mim, tendem a enervar os mais cultos e experientes nestas lides. Agrada-me o tom geralmente irónico deste tipo de exposição. Ou do contraste dos elementos utilizados. Ou do carácter mecânico e lúdico que tantas têm. Gosto desta aqui retratada da autoria de Beili Liu. É composta por centenas de tesouras suspensas do tecto, sob as quais a autora está calmamente a costurar uma peça feita com retalhos que cada visitante vai cortando do pano pendurado à entrada. Símbolos fálicos que ameaçadoramente vigiam a tarefa tão feminina de juntar, de unir, de remendar, que placidamente se desenrola perante nós. Punho fechado e polegar para cima: laique.AL

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por AL às 01:13

Sábado, 24.09.11

Sigam os chefes!

Isaac Cordal, artista espanhol baseado em Londres, começou por espalhar as suas pequenas esculturas de cimento pelas ruas da cidade de Vigo. Embora se considere um artista de rua e continue a espalhar as suas figuras pelo espaço urbano, tem também exibido instalações muito interessantes. Gosto particularmente da que dá título a este post – Follow the leaders. Venham conhecê-lo!AL

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por AL às 13:38

Sexta-feira, 16.09.11

Embandeirar em Arcos

 A tarde estava amena, soalheira e banhava Coimbra com os matizes do Outono. Subi até aos Arcos do Jardim, até à Casa Museu Bissaya Barreto onde ia inaugurar Evocação, uma exposição com fotografias do Miguel Valle de Figueiredo, amigo e co-maschambeiro.Já à entrada encontro-me com amigos que já não via há muito e agora multiplicados na Diana – um ano de risos e alegrias a estrearem-se hoje na vida cultural. Lá dentro a exposição. Evocação nasceu do repto lançado ao Miguel pela curadora da Casa Museu: ilustrar alguns dos pensamentos de Bissaya Barreto. E o Miguel correspondeu com uma simbiose perfeita de palavra e imagem. A preto e branco para que nada mais perturbe o equilíbrio. São sete citações contadas em 17 fotografias em torno do mundo.
"Não me sinto homem de planície. Nasci para caminhar na montanha” passa a ser uma história que se conta com esta fotografia:
[caption id="attachment_30894" align="aligncenter" width="720" caption="A Serra da Estrela vista a partir da Serra do Caramulo. Fotografia de Miguel Valle de Figueiredo"][/caption]E mais não mostro; convido-vos a irem lá ver. O passeio é agradável, a cidade é bonita, a exposição mais que vale a pena. Um último conselho: rematem o dia com os famosos Pastéis de Santa Clara. Têm até dia 30 de Setembro para o fazer, não se distraiam!AL

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por AL às 12:45

Terça-feira, 10.05.11

Ainda a crise, o valor do dinheiro ou um acto de fé (re-edição)

 Aqui há bastos anos, estava eu de passagem por Genebra quando me vem parar às mãos uma revista, cujo nome já esqueci, mas que tinha um artigo que me prendeu a atenção. Falava de um pintor norte-americano que pintava dinheiro; pintava notas de dólar com as quais transaccionava bens e serviços. Tudo teria começado por um serendipismo, quando uma empregada de café propôs ao nosso artista trocar o café e o donut que ele acabara de consumir pela nota de 1 dólar que ele tinha acabado de pintar no guardanapo de papel. O total da conta eram 90 cêntimos e o nosso artista, James Stephen George Boggs de sua graça, recebeu ainda 10 cêntimos de troco. Foi este o primeiro dia do resto da sua vida. Passou a pintar notas de dólar, francos, marcos, pesetas… Ou seja, passou a “imprimir” a sua própria moeda com a qual tem pago bens e serviços, numa completa subversão do establishment monetário. As suas notas não eram vendidas (por si) a coleccionadores mas tão somente transaccionadas e Boggs encorajava as pessoas a fazerem-nas circular, pagando com elas outros bens ou serviços adquiridos a terceiros. Depois indicava aos coleccionadores onde eles poderiam ir adquirir as suas notas; assim as inflaccionava. Para Boggs isto mais não era que uma performance artística.Tentativas de o processar por falsificação têm sido inúmeras mas vãs, uma vez que não havia pretensão de falsificar moeda internacionalmente reconhecida e ambas as partes envolvidas na transacção estavam cientes do que se estava a trocar: uma pintura de dinheiro pelo bem consumido ou serviço prestado. Apesar disto Boggs viu toda a sua arte e bens serem penhorados pela United States Secret Service Counterfeiting Division em 1990 e tem-se debatido desde então para que esta o processe, ou lhe devolva os bens.Diz Boggs que uma nota mais não é que uma pintura num pedaço de papel e que o seu valor não passa de um acto de fé: acreditamos que a nota realmente vale o que diz valer. Como a recente crise financeiro veio demonstrar, Boggs não está provavelmente longe da verdade. Resta-me dizer que a grande notoriedade de Boggs se iniciou, oh ironia das ironias!, na Suíça! Hoje tem obras suas no British Museum, no Art Institute of Chicago, no Museum of Modern Art e no Smithsonian Institution. Confesso-me rendida a esta forma de radicalismo social, como lhe chamam. Porque me lembra de uma forma divertida que o dinheiro, esse vil metal (ou papel moeda neste caso), não passa também ele de uma mera abstracção. A crise infelizmente, essa é bem real...Mais sobre Boggs aqui, aqui, aqui, aqui, ou num google perto de si.AL

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por AL às 15:11

Domingo, 08.08.10

Um Arco-íris no ar

(por AL a vadiar) - Despertou o meu dia alegre e luminoso. Sem sombras. Fazemo-nos à estrada e rumamos para a Ericeira. No calor da conversa duas vezes nos perdemos e, rindo, duas vezes nos encontramos. Chegamos à praia já povoada de amizades consolidadas no tempo e na memória. Aí passamos o dia, trocando conversas e fazendo chalaças. Não fora o mar gelado e o dia teria sido perfeito.Ao fim da tarde sacudimos a areia dos corpos e vamos até à exposição dos nossos Miguéis – Maresias. Nos quadros do Miguel Barros apreciamos uma Ericeira de tela, textura e cor; com o Miguel Valle de Figueiredo aprendemos como se fotografa o intangível. Como que num reverso das duas artes – o objecto marcante e definido na pintura e a ausência de objecto na fotografia. Vale a pena ir à Ericeira e visitar a exposição!A cereja em cima do bolo foi o excelente vinho branco da Quinta das Carrafouchas, com que se regou a exposição e com que iniciámos as “hostilidades” fluidas. O jantar foi asiático, leve e divertido. Rematámos com um concerto de excelente música ao ar livre, que se prolongou noite fora noutros folguedos. Mesmo mesmo antes de adormecer chegam-me ecos de uma promessa. Foi um dia muito bom!

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por AL às 19:13

Terça-feira, 27.07.10

Ao Vivo e em Technicolor (com uma ou outra a preto e branco)

(por AL nepotista) -O nosso maschambeiro fotógrafo MVF e o nosso maschambiano pintor (e contribuinte por procuração) – o Miguel Barros – juntaram cumplicidade e memórias da Ericeira para partilharem connosco. Eles, melhor que eu, se explicam:MARESIASPara o Miguel Barros, pintor, e para o Miguel Valle de Figueiredo, fotógrafo, a vontade de fazer uma exposição conjunta não é nova, mas por voltas da vida, só recentemente foi encarada como possível. Questões várias se levantaram, e a primeira delas  - a mais importante - prendia-se com a escolha de um tema que fosse comum aos dois amigos e em que as imagens  de um e outro fossem de algum modo complementares. E que tema? Goa? Era possível... Ou Índia mais genericamente? Mais complicado mas ainda assim... E Brasil? Mas qual? Lisboa? Talvez um dia...Portugal das pedras antigas ou o quê afinal? Um tema  desligado de geografias? Mar, retratos? Afinal a escolha era tão mais fácil quanto óbvia: Ericeira. A Ericeira desta e de outras amizades, das praias e dos mergulhos revigorantes naquele mar bravo e franco, a Ericeira das cumplicidades e de lugares que se conhecem de cor, a Ericeira das mil e uma noites e das manhãs de névoa, a Ericeira que vai mudando com o tempo do mundo e com as vontades dos homens, a Ericeira que trazemos na memória, dos alvos telhados e das rochas nas Furnas, dos gelados da UCAL e dos queques da Gama, do pão quente a horas pouco cristãs lá no Norte depois das danças no “Ouriço”. A Ericeira dos antigos “banheiros” que nos ensinaram que o mar não é para se ter medo mas que temos de o respeitar, das batatas fritas e dos bolinhos quentinhos na Praia do Sul, dos patins em Santa Marta e da esplanada do “Xico”. A Ericeira de tantos outros sítios, de tantas histórias, aventuras e paixões e à qual se volta sempre nem que seja numa conversa.De tudo o que lembramos e de tudo o que se foi e vai transformando, há, no entanto, uma coisa única e imutável, bem conhecida de todos os devotos da Ericeira e que, finalmente, serviu de título a esta mostra:O “cheirinho a maresia”Miguel Valle de FigueiredoLisboa, Julho de 2010Aqui fica o convite para os leitores maschambianose mais umas fotos das obras que irão estar expostas – dois olhares e duas artes. Vamos então à Praia do Peixe. Primeiro, com o Barros dos  Miguéis....... e agora com o nosso MVF

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por AL às 14:16

Domingo, 07.03.10

"Terras de Angola" em Lisboa

(por AL ainda embrulhada em mãe e avó)Foi com uma colagem do meu amigo e pintor Miguel Barros que me estreei aqui no maschamba. Actualmente a morar em Angola o Miguel tem-se inspirado nas cores e nas paisagens angolanas, que lhe valeram quadros muito, muito belos. Estão agora expostos em Lisboa, na Fundação Sousa Pedro no Chiado ate dia 11 de Março. Não percam!

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por AL às 15:01


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