(por AL nepotista) -O nosso maschambeiro fotógrafo MVF e o nosso maschambiano pintor (e contribuinte por procuração) – o
Miguel Barros – juntaram cumplicidade e memórias da Ericeira para partilharem connosco. Eles, melhor que eu, se explicam:
MARESIASPara o Miguel Barros, pintor, e para o Miguel Valle de Figueiredo, fotógrafo, a vontade de fazer uma exposição conjunta não é nova, mas por voltas da vida, só recentemente foi encarada como possível. Questões várias se levantaram, e a primeira delas - a mais importante - prendia-se com a escolha de um tema que fosse comum aos dois amigos e em que as imagens de um e outro fossem de algum modo complementares. E que tema? Goa? Era possível... Ou Índia mais genericamente? Mais complicado mas ainda assim... E Brasil? Mas qual? Lisboa? Talvez um dia...Portugal das pedras antigas ou o quê afinal? Um tema desligado de geografias? Mar, retratos? Afinal a escolha era tão mais fácil quanto óbvia: Ericeira. A Ericeira desta e de outras amizades, das praias e dos mergulhos revigorantes naquele mar bravo e franco, a Ericeira das cumplicidades e de lugares que se conhecem de cor, a Ericeira das mil e uma noites e das manhãs de névoa, a Ericeira que vai mudando com o tempo do mundo e com as vontades dos homens, a Ericeira que trazemos na memória, dos alvos telhados e das rochas nas Furnas, dos gelados da UCAL e dos queques da Gama, do pão quente a horas pouco cristãs lá no Norte depois das danças no “Ouriço”. A Ericeira dos antigos “banheiros” que nos ensinaram que o mar não é para se ter medo mas que temos de o respeitar, das batatas fritas e dos bolinhos quentinhos na Praia do Sul, dos patins em Santa Marta e da esplanada do “Xico”. A Ericeira de tantos outros sítios, de tantas histórias, aventuras e paixões e à qual se volta sempre nem que seja numa conversa.De tudo o que lembramos e de tudo o que se foi e vai transformando, há, no entanto, uma coisa única e imutável, bem conhecida de todos os devotos da Ericeira e que, finalmente, serviu de título a esta mostra:O “cheirinho a maresia”Miguel Valle de FigueiredoLisboa, Julho de 2010Aqui fica o convite para os leitores maschambianos
e mais umas fotos das obras que irão estar expostas – dois olhares e duas artes. Vamos então à Praia do Peixe. Primeiro, com o Barros dos Miguéis....
... e agora com o nosso MVF
(por AL apressada)Do nosso leitor Nuno Salgueiro Lobo vem-me a informação que a galeria lisboeta
Influx Contemporary exibe actualmente uma exposição colectiva de artistas Africanos contemporâneos, oriundos de diversos países, incluindo Angola e Mocambique.Pretende-se com esta exposição estimular um outro olhar sobre a Arte Africana:
A maioria das pessoas ainda associa a expressão ‘arteafricana’ às formas ‘tradicionais’, a chamada (erradamente)de ‘arte primitiva’ ou tribal: objectos utilizados em cultos erituais ancestrais que encerram em si uma aura demisticismo e espiritualidade. ‘Arte africana’ normalmentesignifica ‘passado’.Mas, as coisas em África mudaram muito entretanto…Pelo que me foi dado ver no site da galeria, vale com certeza a pena dar um salto ao Lumiar.