Sexta-feira, 02.03.12
[caption id="attachment_33522" align="aligncenter" width="487" caption="A hora da verdade por Gilbert Garcin"]
[/caption]Era um industrial de lâmpadas. Aos 65 anos descobriu a fotografia e nunca mais parou. Fotografias filosoficamente surreais, questionando o tempo, a solidão e o sentido da vida. Por modelos tem-se a si mesmo e a sua mulher. Tem hoje 93 anos, quatro livros publicados e inúmeros exposições internacionais. Uns dizem que burro velho não aprende línguas;
Garcin (e eu), que nunca é tarde para se começar.[caption id="attachment_33523" align="aligncenter" width="700" caption="Ausencia por Gilbert Garcin"]
[/caption]AL
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Segunda-feira, 27.02.12
[caption id="attachment_32896" align="aligncenter" width="720" caption="Foto de Claire Felicie"]
[/caption]
Amigo virtual enviou-me um
link para o site de uma jovem fotógrafa holandesa até agora para mim desconhecida –
Claire Felicie. A colecção dela –
Marked – é-me particularmente querida. São 3 fotos a preto e branco de
jovens soldados envolvidos na guerra do Afeganistão – o antes, o durante e o depois; vemos de forma singela e brutal as marcas que a guerra nos deixa. No rosto e no olhar, num registo poderoso e comovente.AL
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Quarta-feira, 23.11.11
[caption id="attachment_32314" align="aligncenter" width="901" caption="Poligamo / Chulo"]
[/caption] Nunca tinha ouvido falar de
Mark Laita, fotógrafo americano filho de pais lituanos, até email amigo me ter alertado para ele. Mais concretamente para o seu livro “
Created Equal”. Nas palavras de Mark Laita “
na América o fosso entre ricos e pobres tem-se alargado, o confronte entre conservadores e liberais tem-se reforçado e mesmo os conceitos de Bem e Mal parecem mais polarizados que anteriormente. Esta minha colecção de dípticos pretende lembrar-nos que somos todos iguais até que o nosso ambiente, as nossas circunstâncias, ou mesmo o nosso destino nos moldem naquilo em que nos tornámos”.De uma forma naïve e muito cândida, Laita apresenta lado a lado imagens de gente díspar mas que, quando colocadas lado a lado, nos remetem também para aquilo que de comum partilham. Uma bailarina e um boxer? Ambos sujeitos a regimes físicos espartanos e dietas rigorosas para alcançarem a mesma desenvoltura de pés. Ambos respectivamente símbolos do feminino e do masculino.[caption id="attachment_32316" align="aligncenter" width="881" caption="Bailarina / Boxer"]
[/caption]São imagens provocadoras e algumas sem dúvida alguma controversas, mas “
aquilo que nos realiza pode diferir de pessoa para pessoa, mas tecto, mesa, companhia e felicidade, tudo isto são coisas que todos queremos para nós e para os nossos filhos”.Gostei das suas composições e lembro-me de Sagan que nos dizia sermos todos pó das estrelas.AL
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Domingo, 20.11.11
[caption id="attachment_32237" align="aligncenter" width="905" caption="Fotografia de Andrew S Cameron"]
[/caption]Não sei como fui parar ao site de
Andrew Cameron e pouco sei sobre ele. Sei que comecei a navegar no site do
McCurry e de link em link fui lá parar. De fotografia, assim como de arte aliás, pouco percebo para além do
gosto/não-gosto. De técnica percebo ainda menos. Parece-me, no entanto, que o contraste entre McCurry e Cameron não poderia ser maior. McCurry, profissional da arte, tem uma fotografia quase barroca de cor; Cameron, fotógrafo de passatempo, contido no quase sépia que usa. Dois olhares distintos que me agradam, que me contam histórias de encantar e que vos convido a explorar.[caption id="attachment_32240" align="aligncenter" width="721" caption="Fotografia de Steve McCurry"]
[/caption][caption id="attachment_32241" align="aligncenter" width="670" caption="Fotografia de Andew Cameron"]
[/caption]AL
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Terça-feira, 15.11.11
[caption id="attachment_32146" align="aligncenter" width="458" caption="O MVF apresenta a sua obra"]
[/caption]A cerimónia de lançamento do livro
Património Mundial de Origem Portuguesa com fotos do nosso maschambeiro
Miguel Valle de Figueiredo foi ontem na biblioteca da Assembleia da República. Imprevistos familiares impediram-me a deslocação e presença antecipadas. Amigo comum de velha data e amante de fotografia enviou-me estas duas fotos com o seguinte comentário: “...
não estão nada boas. Estava a ver que não conseguia tirar; estava cheio de gente”. Orgulhosa que estou com a obra do nosso amigo e desolada pela minha inatendência aqui ficam as fotos possíveis. Confesso que estou de peito inchado!
AL em co-produção com António Maria
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Domingo, 06.11.11
[caption id="attachment_31999" align="aligncenter" width="597" caption="Sarah Elliott - prison in Kenya"]
[/caption]Se eu fosse fotógrafa queria ser a
Sarah Elliott, que tem fotografado com imensa sensibilidade tudo aquilo que me move e motiva. Gosto da atitude que perante a vida parece ter.
Não fica parada à espera do putativo contrato que lhe poderia cair no colo. Mete-se à estrada, vai, fotografa e depois marketiza o trabalho feito.
Empenha-se em causas e promove-as com a sua arte. Ainda por cima é
gira que se farta! Se eu fosse fotógrafa queria ser a Sarah Elliott!AL
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Quinta-feira, 06.10.11
Conheci hoje
Munem Wasif, fotógrafo oriundo do Bangladesh e que muito me agradou. Fotografias maioritariamente a preto e branco de retratos e histórias do quotidiano que ele descreve com a frase que dá o título a este postal. A foto acima faz parte da colecção “
Salt Water Tears”.AL
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Quarta-feira, 05.10.11
Ruben Salvadori, um jovem italiano que combina a Antropologia com Fotojornalismo, convida-nos neste pequeno vídeo a desenvolvermos um olhar crítico sobre as imagens que vemos de cenários de conflitos. Lúcido e pertinente:
“A presença de um observador define a forma como qualquer acontecimento vai ser visto. E a presença do repórter defina a forma como esse conhecimento vai ser apreendido pelo público. O facto relatado ou fotografado não é realmente mais que uma ‘versão’ desse facto.”
[
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<a href="http://www.rubensalvadori.com/#" rel="noopener">Ruben Salvadori</a>, um jovem italiano que combina a Antropologia com Fotojornalismo, convida-nos neste pequeno vídeo a desenvolvermos um olhar crítico sobre as imagens que vemos de cenários de conflitos. Lúcido e pertinente:<blockquote>“<a href="http://www.planetnext.net/2011/09/media-photo-journalism-behind-the-scenes/" rel="noopener">A presença de um observador define a forma como qualquer acontecimento vai ser visto. E a presença do repórter defina a forma como esse conhecimento vai ser apreendido pelo público. O facto relatado ou fotografado não é realmente mais que uma ‘versão’ desse facto</a>.”</blockquote><strong> </strong><a href="<object width=" 400"="400"" height="225" rel="noopener"><param name="allowfullscreen" value="true"/><param name="allowscriptaccess" value="always"/><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=29280708&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0"/><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=29280708&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="225"></embed>"></a><strong> </strong>AL<strong></strong>
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Sexta-feira, 23.09.11
[caption id="attachment_31046" align="aligncenter" width="737" caption="Arirang Mass Games 2005 © koreakonsult.com, courtesy of Mr. Leonid Petrov"]
[/caption]
Sam Gellman é um fotógrafo americano radicado em Hong Kong (tanto quanto consegui perceber). Diabético, tem sido um activista incansável e modelo da (con)vivência com a doença. Tem um
site com algumas fotografias muito boas das diversas viagens que tem feito pela Ásia. Mas as que me chamaram a atenção foram as que ele tirou na
Coreia do Norte. Googlei mais e fiquei a saber que são fotografias de um “
evento” (Ah! como eu odeio esta palavra) gimno-desportivo na Coreia do Norte, chamado
Mass Games, que conta com 100.000 participantes e que se tem realizado num crescendo de grandeza.Num país onde se esmaga o individual em favor do colectivo, as fotografias de Sam Gellman não poderiam ser melhores.
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Sexta-feira, 16.09.11
A tarde estava amena, soalheira e banhava Coimbra com os matizes do Outono. Subi até aos Arcos do Jardim, até à
Casa Museu Bissaya Barreto onde ia inaugurar Evocação, uma exposição com fotografias do
Miguel Valle de Figueiredo, amigo e co-maschambeiro.
Já à entrada encontro-me com amigos que já não via há muito e agora multiplicados na Diana – um ano de risos e alegrias a estrearem-se hoje na vida cultural. Lá dentro a exposição. Evocação nasceu do repto lançado ao Miguel pela curadora da Casa Museu: ilustrar alguns dos pensamentos de Bissaya Barreto. E o Miguel correspondeu com uma simbiose perfeita de palavra e imagem. A preto e branco para que nada mais perturbe o equilíbrio. São sete citações contadas em 17 fotografias em torno do mundo.
"Não me sinto homem de planície. Nasci para caminhar na montanha” passa a ser uma história que se conta com esta fotografia:
[caption id="attachment_30894" align="aligncenter" width="720" caption="A Serra da Estrela vista a partir da Serra do Caramulo. Fotografia de Miguel Valle de Figueiredo"]
[/caption]E mais não mostro; convido-vos a irem lá ver. O passeio é agradável, a cidade é bonita, a exposição mais que vale a pena. Um último conselho: rematem o dia com os famosos Pastéis de Santa Clara. Têm até dia 30 de Setembro para o fazer, não se distraiam!AL
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