Esta a casa que só eu conheço e só eu habito, tão cheia da sua ausência que também sua se tornou. Nossa agora, esta casa ainda vazia de si. Vejo pela janela a varanda da casa onde vivi quando outrora cá morei;
aquela varanda da qual via aproximarem-se as tempestades que escorriam dos pequenos libombos. Espreito-a daqui e sei que fechei um ciclo e que outro acabo de estrear - consigo, connosco. Os sapos da chuva cantam de alegria. E eu também. Por mim, por si, por nós.AL (para o P)
Enleou-se no enredo da minha vida e trocou-lhe as deixas. Ancorou-me a errância, povoa-me a ausência. Inscreveu-se no meu calendário. Mexeu na minha geografia e coloriu-me o atlas em matizes de memórias.AL (para o P)