Quinta-feira, 22.12.11
Em jeito de postal cantado (clicar no link para ver uma coisa completamente parva). E que o humor seja a última coisa a deixar-nos!
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Quarta-feira, 07.12.11
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<a href="<object width=" 400"="400"" height="295" rel="noopener"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=33161098&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=33161098&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="295"></embed>"></a> Ainda mal refeita da indignação que <a href="http://ma-schamba.com/jpt/no-jardim/" rel="noopener">este postal do JPT</a> me despertou, vagueio pela net em busca de algo que me distraia (escapismo puro, sim!) e vou dar a este anúncio que aqui ponho. Lindo!, pensei. Mas depois, talvez virtude de resquícios da indignação que há pouco me assolou, desconsigo não ver nele uma extensão do jardim do JPT. Pertubador sentir o subliminar traduzido com todo o despudor neste pequeno filme. O ritmo partilhado, sugerindo que são mais as coisas que nos unem que as que nos separam; o sentido de aventura espelhado nas picadas e riachos; a conquista do terreno difícil – respiração ofegante da abertura contraposta pelo gesto displiscente do atirar das fotos para o banco do passageiro; os incas os maasai, os maori, os índios (ameríndios, já sei!) em diversos graus do “<em>very typical</em>”. Presume-se que serão os nossos novos amiguinhos. Que iremos fazer ao andarmos por esse mundo fora. Somos nós que até eles vamos, claro, num continuum de espírito colonial. A máquina que até eles nos leva? Esta que aqui se ilustra, dirigida por braço forte e robusto de homem branco, <em>what else</em>? Não nos diz a música afinal quem são os campeões?Não me interpretem mal, não estou a remeter-me para um plano moral mais elevado. Sou tão vítima de falácias como qualquer um; também eu tenho boas intenções mal direccionadas e cegueiras culturais. Vejam lá que eu até gosto do anúncio! Mas hoje, aqui e agora parece-me que o jardim do JPT é bem maior que a esplanada e afinal quem anda com as crianças a reboque pode ser qualquer um de nós. Incluindo eu. Talvez até a gostar e sem dar por isso...AL
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Sábado, 19.11.11
[caption id="attachment_32222" align="aligncenter" width="801" caption="Imagem daqui:
http://www.anaserrano.com/index.php?/projects/movieapolis/"]
[/caption]A primeira vez que ouvi falar de
Ana Serrano foi por causa de um trabalho dela intitulado “
road to malverde”, uma colagem em cartão que me fez lembrar, vá lá saber-se porquê, uns pequenos stands à beira da estrada que liga Maputo a Nelspruit e que eram para nós paragem obrigatória.Para além das memórias que as suas instalações em mim despertam, agrada-me a simplicidade dos materiais que utiliza – sempre diferentes tipos de cartão – a composição, a iconografia, o inesperado da mistura.Neste pequeno vídeo fala-nos um pouco sobre o seu trabalho e a sua instalação mais recente –
salon of beauty. 400"="400"" height="225" rel="noopener">
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Domingo, 06.11.11
[caption id="attachment_31999" align="aligncenter" width="597" caption="Sarah Elliott - prison in Kenya"]
[/caption]Se eu fosse fotógrafa queria ser a
Sarah Elliott, que tem fotografado com imensa sensibilidade tudo aquilo que me move e motiva. Gosto da atitude que perante a vida parece ter.
Não fica parada à espera do putativo contrato que lhe poderia cair no colo. Mete-se à estrada, vai, fotografa e depois marketiza o trabalho feito.
Empenha-se em causas e promove-as com a sua arte. Ainda por cima é
gira que se farta! Se eu fosse fotógrafa queria ser a Sarah Elliott!AL
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Sábado, 15.10.11
Hoje tive o meu momento
Twilight Zone. Sentada em casa alheia, TV num canal nacional. No écran
Julian Assange de megafone na mão:
Eu sempre quis dizer ..., pára e aguarda eco da multidão em liturgia, que esta cumpre num coro:
Eu sempre quis dizer ...,
Que somos todos indivíduos!, remata Assange com sorriso de dever cumprido.
Que todos somos indivíduos!, finaliza a multidão em aplauso. E eu penso: mas eu já vi isto. Ah pois vi! Aqui, neste sketch da Vida de Brian.
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Hoje tive o meu momento <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/The_Twilight_Zone" rel="noopener">Twilight Zone</a>. Sentada em casa alheia, TV num canal nacional. No écran <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Julian_Assange" rel="noopener">Julian Assange</a> de megafone na mão: <em>Eu sempre quis dizer</em> ..., pára e aguarda eco da multidão em liturgia, que esta cumpre num coro: <em>Eu sempre quis dizer</em> ..., <em>Que somos todos indivíduos</em>!, remata Assange com sorriso de dever cumprido. <em>Que todos somos indivíduos</em>!, finaliza a multidão em aplauso. E eu penso: mas eu já vi isto. Ah pois vi! Aqui, neste sketch da Vida de Brian. <a href="<object width=" 640"="640"" height="360" rel="noopener"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Zjz16xjeBAA?version=3&hl=en_GB&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Zjz16xjeBAA?version=3&hl=en_GB&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" width="640" height="360" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true"></embed>"></a> AL
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Quarta-feira, 05.10.11
Ruben Salvadori, um jovem italiano que combina a Antropologia com Fotojornalismo, convida-nos neste pequeno vídeo a desenvolvermos um olhar crítico sobre as imagens que vemos de cenários de conflitos. Lúcido e pertinente:
“A presença de um observador define a forma como qualquer acontecimento vai ser visto. E a presença do repórter defina a forma como esse conhecimento vai ser apreendido pelo público. O facto relatado ou fotografado não é realmente mais que uma ‘versão’ desse facto.”
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<a href="http://www.rubensalvadori.com/#" rel="noopener">Ruben Salvadori</a>, um jovem italiano que combina a Antropologia com Fotojornalismo, convida-nos neste pequeno vídeo a desenvolvermos um olhar crítico sobre as imagens que vemos de cenários de conflitos. Lúcido e pertinente:<blockquote>“<a href="http://www.planetnext.net/2011/09/media-photo-journalism-behind-the-scenes/" rel="noopener">A presença de um observador define a forma como qualquer acontecimento vai ser visto. E a presença do repórter defina a forma como esse conhecimento vai ser apreendido pelo público. O facto relatado ou fotografado não é realmente mais que uma ‘versão’ desse facto</a>.”</blockquote><strong> </strong><a href="<object width=" 400"="400"" height="225" rel="noopener"><param name="allowfullscreen" value="true"/><param name="allowscriptaccess" value="always"/><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=29280708&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0"/><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=29280708&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="225"></embed>"></a><strong> </strong>AL<strong></strong>
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Domingo, 02.10.11
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<a href="<object width=" 400"="400"" height="225" rel="noopener"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=29769051&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=29769051&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="225"></embed>"></a> Diletante que sou da ciência esbarro ocasionalmente em websites que me deslumbram. Hoje aconteceu-me este, <em><a href="http://hipacc.ucsc.edu/Bolshoi/" rel="noopener">Bolshoi Simulation</a></em>, a simulação cosmológica actualmente mais precisa do nosso Universo feita com base no mapeamento da luz do Big Bang e com um super-computador capaz de calcular a evolução de uma região específica do Universo com um diâmetro de um milhar de milhão de anos-luz. Este tipo de simulação é actualmente a base para quase toda a pesquisa a ser feita sobre a estrutura do Universo e sobre a evolução das galáxias.E eu, embora incapaz de abarcar o grau de abstracção que aqui me trouxe, com ele me deslumbro e assombro-me com a beleza da sua visualização. Da mesma forma que nunca deixo de me assombrar quando olho para o céu e comento comigo que é para o passado que estou a olhar.<blockquote>It's lovely to live on a raft. We had the sky up there, all speckled with stars, and we used to lay on our backs and look up at them, and discuss about whether they were made or only just happened (<span style="color: #0000ff;"><em>Mark Twain</em></span>).</blockquote>Ai como é bom viver numa jangada!AL
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Sexta-feira, 30.09.11
Contam-me amigos da bela Albion o sururu que este filme está a levantar. "
Anonymous" de sua graça em inglês, o filme especula sobre a existência do Bardo (o meu querido Bardo) e avança com a tese do Duque de Oxford ter sido o autor de tanta beleza. Realizado por
Roland Emmerich, conta com a presença de
Rhys Ifans (um lingrinhas!),
Vanessa Redgrave (uma senhora!) e
outros. Estreia em finais de Outubro em Ingaterra e vale decerto a pena ir vê-lo, mais que não seja pela carinha laroca do Rhys e pelas sempre belas citações shakespearianas. Sim, pronto, está bem, são todos óptimos actores e o filme promete!
Let's look at the trailer (gostaram do meu momento Lauro António?):
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Contam-me amigos da bela Albion o sururu que este filme está a levantar. "<em><a href="http://anonymous-movie.com/" rel="noopener">Anonymous</a></em>" de sua graça em inglês, o filme especula sobre a existência do Bardo (o meu querido Bardo) e avança com a tese do Duque de Oxford ter sido o autor de tanta beleza. Realizado por <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Roland_Emmerich" rel="noopener">Roland Emmerich</a>, conta com a presença de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Rhys_Ifans" rel="noopener">Rhys Ifans</a> (um lingrinhas!), <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Vanessa_Redgrave" rel="noopener">Vanessa Redgrave</a> (uma senhora!) e <a href="http://collider.com/vanessa-redgrave-rhys-ifans-and-david-thewlis-are-anonymous-in-roland-emmerichs-shakespeare-thriller/17600/" rel="noopener">outros</a>. Estreia em finais de Outubro em Ingaterra e vale decerto a pena ir vê-lo, mais que não seja pela carinha laroca do Rhys e pelas sempre belas citações shakespearianas. Sim, pronto, está bem, são todos óptimos actores e o filme promete! <em>Let's look at the trailer</em> (gostaram do meu momento Lauro António?):<a href="<object width=" 640"="640"" height="360" rel="noopener"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/uBmnkk0QW3Q?version=3&hl=en_GB&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/uBmnkk0QW3Q?version=3&hl=en_GB&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" width="640" height="360" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true"></embed>"></a>Quanto à polémica, sinceramente, pouco me inquieta; criado o mito, difícil será desfazê-lo.<blockquote>What's in a name? That which we call a roseBy any other name would smell as sweet.</blockquote><em>Romeu e Julieta (II, ii, 1-2) por William Shakespeare</em> (ou será Edward De Vere, Duque de Oxford?). Who cares?AL
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Domingo, 25.09.11
Com este pequeno
vídeo sobre perdão, maldosa indiferença, castigo e recompensa. Porque ninguém merece passar a vida num Inferno. Seja lá qual for a razão.(Pertinente também perante as
três sentenças de morte executadas nos Estados Unidos a semana que passou)
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Com este pequeno <a href="http://vimeo.com/24463778" rel="noopener">vídeo</a> sobre perdão, maldosa indiferença, castigo e recompensa. Porque ninguém merece passar a vida num Inferno. Seja lá qual for a razão.(Pertinente também perante as <a href="http://today.msnbc.msn.com/id/43092619/ns/today-today_news/t/alabama-carries-out-third-us-execution-week/#.Tn8QRk_D5cw" rel="noopener">três sentenças de morte</a> executadas nos Estados Unidos a semana que passou) <a href="<object width=" 400"="400"" height="225" rel="noopener"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=24463778&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=24463778&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="225"></embed>"></a> AL
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Sábado, 24.09.11
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<a href="<object width=" 400"="400"" height="225" rel="noopener"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=24884553&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=24884553&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="225"></embed>"></a> Cérebro, entenda-se. É mais ou menos com esta frase que começa o diálogo <a href="http://vimeo.com/24884553" rel="noopener">deste vídeo</a> entre a baleia e o homem. Uma pena que não esteja legendado porque o diálogo está cheio de pérolas e humor:<blockquote>- Pronto, está bem, nós não temos realmente carros e coisas dessas e temos que andar à procura de comida o que é uma chatice. Mas nós não deitamos bombas uns para cima dos outros, nem nos envenenamos uns aos outros com químicos, nem esgotamos os recursos do planeta ...- Eh lá! Não tens que personalizar logo as coisas!- Desculpa, fui mal educada, mas acho que não podemos avaliar a inteligência somente pelo nível de tecnologia ...</blockquote> <blockquote>- Já leste o Moby Dick?- Bem... hmmm... eu comecei-o, mas ...- Não faz mal, deixa lá. Já me disseram que nenhum ser humano consegue ler aquilo até ao fim.</blockquote> Entretanto aprendemos como as baleias evoluíram a partir de hipopótamos (alô cultura, esta para mim foi novidade!) e sobre o canto como forma de comunicação. Enfim, uma delícia.AL
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